A alegada negociação da venda do Data Center da Covilhã com o envolvimento do fundo Morgan Stanley como, no mínimo, parceiro do fundo Horizon de Sérgio Monteiro, levanta sérias preocupações para o Estado português. A possibilidade de uma infraestrutura tão vital ficar nas mãos de uma empresa aparentemente pouco confiável é motivo de inquietação.
Recentemente, veio a público que a Procuradoria-Geral da Flórida, nos Estados Unidos, multou em 6,5 milhões de dólares o banco multinacional de investimento e empresa de serviços financeiros. A punição foi resultado de “práticas negligentes de segurança de dados internos”, reveladas por uma investigação. Ficou evidente que informações pessoais não encriptadas foram armazenadas em dispositivos não desativados e, posteriormente, vendidas em leilões online por uma empresa de mudanças sem experiência, sem o conhecimento da Morgan Stanley. Além disso, outro incidente envolveu o desaparecimento de 42 servidores com informações não encriptadas de clientes.
Diante dessas práticas e antecedentes, é crucial questionar se o Ministério das Infraestruturas não vê com apreensão esse processo.